A Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO) reforça a importância da Semana Nacional de Conscientização sobre Alergia Alimentar, que ocorre entre os dias 11 e 17, com o objetivo de conscientizar a população tocantinense sobre a reação exagerada do sistema imunológico a determinado alimento. Identificar a alergia alimentar precocemente é importante para evitar reações alérgicas mais graves, que geram agravos ao paciente, podendo levar à morte.

A causa da alergia alimentar é desconhecida, sendo alguns sintomas a náusea, diarreia, coceira, inchaço e dificuldade para respirar. Para constatar a restrição, é preciso se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência e solicitar atendimento médico com especialista para realizar exames e receber o diagnóstico.

“Muitas vezes se confunde alergia com intolerância alimentar. A intolerância alimentar é basicamente uma má digestão de algum alimento. Já a alergia alimentar é uma reação do organismo após a exposição ao alimento causador, podendo ser imediata ou mais tardia, que causa efeitos na pele e no sistema gastrintestinal. Caso suspeite que tenha uma alergia alimentar, observe e anote quais foram os sintomas, em quanto tempo eles apareceram, o que foi consumido e se esses sintomas se repetem com o mesmo alimento em outro momento”, explica o nutricionista da SES/TO, Walter Soares.

O profissional ainda ressalta que, em casos de repetições dos sintomas, a recomendação é interromper o consumo do alimento causador e procurar ajuda de um médico especialista para que sejam feitos exames específicos e supervisionados para a confirmação da alergia. “Caso seja confirmada a alergia, o acompanhamento contínuo com o especialista, juntamente com o profissional nutricionista, ajudará a pessoa a ter uma alimentação adequada e saudável, e também suprir possíveis carências nutricionais decorrentes da não ingestão do alimento causador da alergia”, pontua o nutricionista Walter Soares.

Alimentação especial

Pessoas alérgicas a algum tipo de alimentação precisam de cuidados e atenção especial, como por exemplo, as pessoas com a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). A SES/TO, por meio Assistência Farmacêutica (AF), atendeu no ano de 2024, 386 pacientes de 0 a 2 anos com APLV; entre janeiro e abril de 2025, foram 166, com a entrega da fórmula específica para alérgicos ao leite de vaca.

“A alimentação com fórmulas especiais é fundamental para garantir um desenvolvimento infantil seguro e saudável nos primeiros anos de vida. Sem essa alimentação específica, há risco de desnutrição, comprometimento do desenvolvimento e agravamento dos sintomas alérgicos”, enfatiza a nutricionista da Assistência Farmacêutica da SES/TO, Lynara Fernanda Brito.

Ambiente hospitalar

No Tocantins, os pacientes internados nas unidades hospitalares recebem alimentação de acordo com cada dieta e particularidade. A nutricionista do Hospital Regional de Porto Nacional (HRPN), Kataryne Guimarães, esclarece como funciona o procedimento e o cuidado dedicado aos pacientes com alergias alimentares. “Assim que uma alergia é identificada, essa informação é imediatamente registrada no prontuário e comunicada à equipe de nutrição e à cozinha hospitalar. A alimentação desses pacientes é preparada de forma individualizada, em áreas específicas e com utensílios exclusivos, evitando qualquer tipo de contaminação cruzada. Todos os ingredientes são cuidadosamente selecionados e cada refeição é rotulada com identificação clara e segura”, destaca a nutricionista do HRPN.